Cultive o Amor de Deus

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quarta-feira, 15 de julho de 2015

Tristeza e Glória

Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança. E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma.Tiago 1:2-4

Em um dos episódios da série inglesa "The Tudors", que conta a história da monarquia inglesa na idade média, mais especificamente na época do Rei Henrique XIII, um diálogo chamou muito minha atenção. Era uma conversa entre a Rainha rejeitada, Catarina de Aragão, com o Chanceler real, Thomas More. Essas duas pessoas apesar de muito diferentes, tinham uma coisa em comum: a fé. Cada um, a sua maneira, acreditava e confiava plenamente em Deus e ambos foram incapazes de renegar sua fé para passar bem. Pelo fato de não ter aceitado o divórcio, Catarina foi completamente alijada, esquecida e até proibida de ver sua filha, a princesa Mary.  Quem conhece a história da infanta espanhola que foi prometida ao príncipe inglês, quando tinha apenas três anos, sabe que ela vivia dentro de um padrão de fé altíssimo. Só mesmo com muita fé e resignação uma pessoa pode ter passado por tudo que ela passou sem jamais perder a confiança em Deus, em seus desígnios, em sua bondade e em sua justiça.   Thomas More, por sua vez, por não jurar a sucessão da nova herdeira do Rei, a qual entendia ser ilegítima, foi jogado na Torre e decapitado. No diálogo entre eles, o qual mencionei no início desse texto, Catarina diz mais uma vez a More que não vai aceitar o divórcio e que "se tivesse que escolher entre a tristeza profunda e a alegria em excesso, escolheria a tristeza, pois esta a deixava mais perto de Deus". Essa frase me tocou bastante. Fiquei refletindo sobre aquelas palavras por um tempo, e cheguei à conclusão que ela estava certíssima. Estamos sempre buscando a felicidade, de forma intensa, sem limites. Sejam os pequenos ou os grandes prazeres, estamos sempre os buscando. O mundo nos incentiva a buscar a felicidade, o bem estar, seus deleites e suas atrações. Mas ao final, essa felicidade fulgaz não nos leva a canto algum, senão a novos desejos a serem satisfeitos. Não somos incentivados e extrair o melhor possível dos momentos difíceis, mas a fugir deles. Não estou dizendo que devemos desejar que algo de mal nos aconteça, e sim que tenhamos sabedoria para crescer nos momentos difíceis que inevitavelmente chegarão, sem nos maldizer, ou achar que "não merecemos". Devemos nos inspirar no apóstolo Paulo que diz "por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte2 Coríntios 12:10 Saber que estamos perto de Deus, que ele está conosco e se contenta com nosso modo de viver é o que mais importa. Só Deus é capaz de nos levar à conhecer a felicidade plena, aquela que vem de dentro para fora, que emana de Cristo Jesus e do Espírito Santo que habita em nós. Perto dele, somos realmente fortes! Shalom!


"Todo sofrimento pode ser eliminado pelo contato com Deus."
Pahamansa Yogananda

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