Adoro as mensagens que recebo do Padre Paulo M. Ramalho, são sempre muito abençoadas e me fazem refletir sobre o agir de Deus! Assim sendo, não posso deixar de compartilhar com vocês, para que também sejam abençoados! Shalom!
Há muitos anos, ouvi uma pessoa comentando um adágio da vida espiritual tão valioso que dele nunca mais me esqueci. Diz assim: “Deus se manifesta na mesma medida em que vamos atrás d’Ele”.
É muito interessante esse adágio. Ele revela uma verdade muito profunda: a manifestação de Deus depende muito mais de nós do que d’Ele mesmo. É lógico que Deus tem o poder de se manifestar totalmente e aparecer agora mesmo em nossa frente de forma extraordinária, a ponto de ficarmos completamente embevecidos. No entanto, não costuma fazer isso. Se o fizesse, o nosso amor por Ele não seria uma conquista. Ele quer que o amor por Ele e a sua manifestação sejam fruto de uma conquista, de uma busca sedenta. Nós sabemos que tudo aquilo que se conquista tem mais valor, tem mais mérito, tem mais riqueza. É por isso que Deus costuma se esconder. Se Ele se manifestasse ou se mostrasse totalmente, todos os frutos da conquista deixariam de existir.
Nós, em geral, gostamos de um milagresinho. Desejamos que Deus tome a iniciativa, que se manifeste, que apareça, que se mostre. E, se Ele não se mostra, nós nos distanciamos d’Ele. Mas isto é um erro. O que devemos fazer para que Ele se manifeste é o contrário: tomar nós a iniciativa, ir atrás d’Ele.
E como Deus gosta das pessoas que vão atrás d’Ele! Estou me lembrando agora de uma frase que dizia São João Maria Vianney: “Devemos ser avaros de Deus”. Um homem que encontra a Deus é um homem “avaro de Deus”, que vai atrás d’Ele com todas as forças do seu coração. Indo atrás d’Ele nós vamos compreender que “Deus vai se manifestar na mesma medida em que formos atrás d’Ele"!
Deus é como uma fogueira imensa de amor, e nós seremos abrasados na mesma medida em que nos aproximamos dessa fogueira. Por isso, vamos tirar o propósito de ir mais atrás desse amor. Vamos tirar o propósito de ir atrás desse amor com todas as nossas forças. Posso dizer que tenho sido “avaro de Deus”? De que tenho sido avaro? Seria uma pena que outras coisas fossem objeto da nossa avareza, pois nada pode se comparar a essa fogueira de amor que é o amor de Deus. Nada nos saciará tanto como o amor de Deus.
Façamos o propósito de nunca mais esquecer esse adágio, e que ele passe a ser uma realidade na nossa vida, levando-nos a tomar muito mais iniciativa no encontro desse amor.
Pe. Paulo M. Ramalho
Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas.
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